Antes do diagnóstico, os sinais já estavam presentes. Mas, por falta de conhecimento, não percebi ainda aos 4 anos de idade o que meu filho vivia. Passamos por um diagnóstico incompleto, onde nos foi dito tratar-se apenas de TDAH. Foram dois anos de tratamento sem resultados significativos, enquanto os desafios de comportamento só aumentavam.
Ao trocar de escola, um laudo foi exigido. Foi então que, após uma avaliação criteriosa com neuropsicóloga, neuropediatra e outros profissionais especializados, veio a resposta: sim, o TDAH estava presente, mas como comorbidade do TEA nível 1 de suporte.
Meu filho se tornou meu maior incentivo. É por ele que compartilho conteúdos nas redes sociais, ilustro o cotidiano das famílias atípicas e busco levar conhecimento sobre a neurodivergência a cada vez mais pessoas.
A rotina intensa de terapias me afastou do trabalho CLT, onde atuava como coordenadora de marketing. A alternativa foi empreender: permanecer ao lado da minha família e dedicar-me a uma causa na qual acredito profundamente, unindo mais de 20 anos de experiência em marketing e comunicação à vivência da maternidade atípica.
Assim nasceu a Atípica Gente, uma marca que pensa cada detalhe com representatividade. Não apenas para o neurodivergente, mas também para todo o ecossistema ao seu redor: familiares, profissionais de saúde e educação que, muitas vezes invisíveis para a sociedade, são essenciais na construção de qualidade de vida.

Eny Milito | Mãe atípica & Idealizadora da Atípica Gente